A difusão do movimento feminista contemporâneo, denominada por muitos autores como quarta onda feminista, está relacionada majoritariamente a popularização do acesso à internet e ao fenômeno das redes sociais, responsáveis por profundas transformações no que tange a organização política desses movimentos. Nesse sentido, nota-se que no início dos anos 2000, além do desenvolvimento de novas formas de sociabilidade, as mídias sociais também se apresentaram como um ambiente seguro e eficiente para a atuação ativista na luta da violência contra a mulher. Observou-se inúmeros destes movimentos eclodirem por meio de hashtags, nos quais mulheres de todo o mundo passaram a compartilhar suas dores, anseios e, principalmente, se uniram para requer seus direitos, galgando conquistas significativas. Nesse sentido, essa revisão de literatura sistemática de abordagem quali-quanti, teve por objetivo compreender a influência das hashtags no ciberativismo ou ativismo digital feminista, tendo sido analisadas para tanto, um total de 1.747 dissertações relacionadas direta ou indiretamente ao tema e disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). A pesquisa buscou mapear estudos voltados para a compreensão do poder de influência mobilizado pelas hashtags nas mídias sociais, obtendo como resultado a confirmação do poder de ação das hashtags no ativismo feminista dos últimos anos, servindo como base de dados para a formulação de campanhas futuras, que visam o enfrentamento da violência contra a mulher
Ariadna, T. Z. (2023). O pessoal (2023). é político: as estratégias político-comunicativas da mobilização #ExposedCG. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Programa de Pós-graduação em Comunicação. https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/7862.
Assis, C. de (11 de abril de 2017). Feminicídio de ativista de movimento Ni Una Menos choca Argentina: Principal suspeito já havia sido condenado por dois estupros, mas teve liberdade condicional concedida por juiz. Revista Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2017/04/11/feminicidio-de-ativista-de-movimento-ni-una-menos-choca-argentina
Costa, E. L. (2023). Fotoativismo e fotojornalismo nas eleições de 2018: contra-hegemonia da mensagem fotográfica no Instagram da Mídia NINJA. Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15559.
Dieminger, C. C. (2022). Democracia participativa: ciberfeminismos contra a violência sexual e seus reflexos na biopolítica. Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Maria. http://repositorio.ufsm.br/handle/1/20895.
Leal, A. (2014). Criadora da campanha "Não mereço ser estuprada" quer debater políticas públicas. Agência Brasil – Brasília. https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-03/criadora-da-campanha-nao-mereco-ser-estuprada-quer-debater.
Martins, A. B. (2023). Primavera nas redes: conexões e lutas no Sul Global feminista em NiUnaMenos, UnVioladorEnTuCamino e EleNão. Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5741.
Oliveira, P. G. de (2023). Elas que narram: uma análise dos comentários no Twitter sobre a narração de mulheres no Campeonato Brasileiro de 2021. 111f. [Dissertação Mestrado em Estudos da Mídia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55235.
Passos, N. L. dos (2019). #Elasótem16anos: análise discursiva crítica de postagens em rede social sobre caso de estupro coletivo no Rio de Janeiro. [Dissertação Mestrado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional, Universidade de Brasília].
Romeiro, N. L. (2019). Vamos fazer um escândalo: a trajetória da desnaturalização da violência contra a mulher e a folksonomia como ativismo em oposição a violência sexual no Brasil. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. http://ridi.ibict.br/handle/123456789/1074.
Santos, L. de M. (2021). Fundamentos morais e características em expressões textuais de grupos antagônicos no Twitter. [Dissertação Mestrado em Humanidades Digitais, Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro]. https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14060.
Terra, C. (2019). O feminismo e a disputa de narrativas na eleição presidencial de 2018: um estudo de caso de #Elenão como mobilização online das mulheres contra Bolsonaro. [Dissertação Mestrado em Ciência da Informação, Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro]. http://ridi.ibict.br/handle/123456789/1299.